Município de Nisa - Descubra a história Município de Nisa https://cm-nisa.pt/index.php/viva-nisa/descubra-a-historia/292-monumentos-naturais 2024-04-27T13:50:11+01:00 Município de Nisa hjmendonca@gmail.com Joomla! - Open Source Content Management Monumentos Naturais 2017-02-21T11:34:33+00:00 2017-02-21T11:34:33+00:00 https://cm-nisa.pt/index.php/viva-nisa/descubra-a-historia/292-monumentos-naturais/1861-monumentos-naturais-2 Hugo Mendonça hjmendonca@gmail.com <p><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/monumentos_naturais.jpg" alt="monumentos naturais" class="border_img1" title="Monumentos Naturais" /></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Monumento Natural das Portas de R&oacute;d&atilde;o</strong><br style="text-align: justify;" /><span style="text-align: justify; font-size: 8pt;">(Dec. Regulamentar n&ordm;7 /2009 de 20 de Maio)</span></p> <table border="0" style="width: 100%;"> <tbody> <tr> <td style="text-align: left;" width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/portas002.jpg" alt="portas002" class="border_img1" title="Monumento Natural das Portas de R&oacute;d&atilde;o" /></td> <td style="text-align: right;" width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/portas001.jpg" alt="portas001" class="border_img1" title="Monumento Natural das Portas de R&oacute;d&atilde;o" /></td> </tr> </tbody> </table> <p style="text-align: justify;">As Portas de R&oacute;d&atilde;o constituem uma ocorr&ecirc;ncia geol&oacute;gica e geomorfol&oacute;gica localizada nas duas margens do rio Tejo, nos concelhos de Nisa e Vila Velha de R&oacute;d&atilde;o. Este conjunto natural sobressai pela imponente garganta escavada pelo rio nas cristas quartz&iacute;ticas da serra do Perdig&atilde;o, com um estrangulamento de 45 m de altura, num processo ao longo de perto de 3 milh&otilde;es de anos.</p> <p style="text-align: justify;">Esta &aacute;rea caracteriza-se pelo relevante patrim&oacute;nio natural, onde se destaca o geoss&iacute;tio das Portas de R&oacute;d&atilde;o entre outros valores geol&oacute;gicos, biol&oacute;gicos e paisag&iacute;sticos.</p> <p style="text-align: justify;">Este geoss&iacute;tio evidencia particularidades geol&oacute;gicas, geomorfol&oacute;gicas e paleontol&oacute;gicas.</p> <p style="text-align: justify;">A estas associam-se as forma&ccedil;&otilde;es vegetais, onde se destacam os Zimbrais (esp&eacute;cie protegida), a avifauna rup&iacute;cola, destacando-se o bufo-real, a cegonha &ndash; preta, o abutre do Egipto e a grande col&oacute;nia de grifos &ndash; a maior da Pen&iacute;nsula Ib&eacute;rica.</p> <p style="text-align: justify;">Mas tamb&eacute;m a n&iacute;vel arqueol&oacute;gico, destacam-se os vest&iacute;gios que as comunidades do per&iacute;odo Paleol&iacute;tico aqui deixaram.</p> <p>&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Complexo do Conhal do Arneiro</strong>&nbsp;<br /><span style="font-size: 10.6667px; text-align: justify;">(</span><span style="font-size: 10.6667px; text-align: justify;">Dec. Regulamentar n&ordm;7 /2009 de 20 de Maio)</span></p> <table border="0" style="width: 100%;"> <tbody> <tr> <td width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/conhal001.jpg" alt="conhal001" class="border_img1" title="Complexo do Conhal do Arneiro" /></td> <td style="text-align: right;" width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/conhal002.jpg" alt="conhal002" class="border_img1" title="Complexo do Conhal do Arneiro" /></td> </tr> </tbody> </table> <p style="text-align: justify;">O Conhal do Arneiro faz parte do Monumento Natural das Portas de R&oacute;d&atilde;o, classifica&ccedil;&atilde;o dada em 2009 pelo ICNF (Dec. Regulamentar n&ordm;7 /2009 de 20 de Maio).</p> <p style="text-align: justify;">A &aacute;rea arqueol&oacute;gica do Conhal tamb&eacute;m conhecido por Conhal do Arneiro, localiza-se no topo norte da freguesia de Santana, concelho de Nisa.</p> <p style="text-align: justify;">Ocupa cerca de 90 hectares delimitados pelo Ribeiro do Vale, pela margem esquerda do rio Tejo e pelas Portas de R&oacute;d&atilde;o (Serra das Talhadas).</p> <p style="text-align: justify;">Esta &aacute;rea caracteriza-se pela posse e um relevante patrim&oacute;nio natural, onde se destacam o Geomonumento Portas de R&oacute;d&atilde;o, consideradas pelo Prof. Galopim de Carvalho, como um dos mais importantes geomonumentos existentes em Portugal, ao n&iacute;vel da paisagem, (Galopim de Carvalho, 1999) e um conjunto de outros valores de natureza geol&oacute;gico, geomorfol&oacute;gico e paleontol&oacute;gico, que enquadram valores biol&oacute;gicos e paisag&iacute;sticos e um importante <em>patrim&oacute;nio natural</em>, compreendendo vest&iacute;gios arqueol&oacute;gicos que documentam a presen&ccedil;a humana desde o Paleol&iacute;tico Inferior at&eacute; &agrave; actualidade, e manifesta&ccedil;&otilde;es culturais de natureza etnol&oacute;gica caracterizadora de um modo de vida pr&oacute;prio de uma popula&ccedil;&atilde;o ribeirinha que encontrou no Tejo, o grande rio peninsular, o factor de contacto entre gentes e regi&otilde;es, f&iacute;sica e geograficamente afastadas.</p> <p style="text-align: justify;">Em termos geol&oacute;gicos e geomorfol&oacute;gicos h&aacute; a registar diversos locais que se t&ecirc;m revelado de grande import&acirc;ncia para o conhecimento da evolu&ccedil;&atilde;o geol&oacute;gica da regi&atilde;o desde h&aacute; 650 milh&otilde;es de anos.</p> <p style="text-align: justify;">No que se refere aos seus <strong>elementos biol&oacute;gicos</strong>, merecem destaque, entre um conjunto muito vasto de esp&eacute;cies, as <strong>comunidades rel&iacute;quias de Zimbro</strong>, dispersas pelas escarpas rochosas, (actualmente esp&eacute;cie protegida), as manchas de matagal mediterr&acirc;nico bem conservado e diversificado. Destaca-se tamb&eacute;m a <strong>col&oacute;nia de Grifos</strong> que nidificam nas escarpas e que constitui a mais representativa col&oacute;nia em territ&oacute;rio nacional. E por fim a ocorr&ecirc;ncia de esp&eacute;cies de aves nidificantes com elevado estatuto de protec&ccedil;&atilde;o: <strong>Cegonha-Preta, &Aacute;guia-de-Bonelli, Abutre do Egipto, Bufo-Real, Chasco-Preto e o Grifo</strong> j&aacute; referenciado.</p> <p style="text-align: justify;">Num dos vastos estudos efectuados a quando da classifica&ccedil;&atilde;o -Monumento Natural &ndash; foram observadas cerca de 119 esp&eacute;cies de aves, estanho 15 delas com estatuto de amea&ccedil;adas.</p> <p style="text-align: justify;">No que &aacute; <strong>ocupa&ccedil;&atilde;o humana</strong> diz respeito, estamos em crer que o recurso indispens&aacute;vel que a &aacute;gua constitui, para as manadas de animais que aqui recorriam, foi o factor indispens&aacute;vel para que o Homem encontrasse nas margens do Rio Tejo as condi&ccedil;&otilde;es ideais para sobreviver. A ocupa&ccedil;&atilde;o Paleol&iacute;tica conhecida, concentra-se junto &agrave;s margens do rio, onde est&atilde;o documentados v&aacute;rios locais de habitat (13) e de onde se recolheu um vasto n&uacute;mero de materiais arqueol&oacute;gicos (machados, pontas se seta, etc.) que atestam a ocupa&ccedil;&atilde;o deste territ&oacute;rio pelo Homem.</p> <p style="text-align: justify;">Da <strong>&eacute;poca romana</strong>, conhece-se uma &aacute;rea aproximada de 60/70ha, o Conhal, constitu&iacute;do por um enorme amontoado de calhaus rolados de quartzito. Trata-se de uma explora&ccedil;&atilde;o mineira de ouro aluvionar. A t&eacute;cnica de explora&ccedil;&atilde;o seguida ter&aacute; sido a de ruina montium, ou tipo pente, descrita por Pl&iacute;nio -o &ndash; Velho, na sua Hist&oacute;ria Natural. T&eacute;cnica que consistia em desmanchar os dep&oacute;sitos detr&iacute;ticos aur&iacute;feros servindo-se da for&ccedil;a motriz da &aacute;gua. Neste processo, as pedras maiores eram retiradas manualmente e empilhadas onde n&atilde;o estorvassem. A jusante havia tanques de decanta&ccedil;&atilde;o e lavadouros (agoga) onde as pepitas eram separadas do cascalho e areia. Os seixos da&iacute; resultantes eram removidos manualmente e acumulados em pilhas alongadas com mais de 100 metros de extens&atilde;o e 5 metros de alturas &ndash; as Conheiras.</p> <p style="text-align: justify;">A excel&ecirc;ncia do ouro extra&iacute;do do leito do Tejo foi exaltada por diversos autores da antiguidade, no que respeita ao Conhal, estima-se que tenham sido extra&iacute;das cerca de 3 a 3,5 toneladas de ouro, com destino &aacute; capital do Imp&eacute;rio.</p> <p style="text-align: justify;">O Homem foi deixando a sua marca ao logo dos s&eacute;culos na &aacute;rea Conhal e envolvente, denunciando a import&acirc;ncia que o Rio Tejo teve como elemento defensivo (Invas&otilde;es Francesas), como meio de subsist&ecirc;ncia, tendo a aldeia do Arneiro, ainda hoje, uma interessante comunidade piscat&oacute;ria, e onde se constru&iacute;am, at&eacute; h&aacute; alguns atr&aacute;s os barcos tradicionais &ndash; o picareto. Actualmente o Rio tejo oferece-nos outras val&ecirc;ncias, que passam sobretudo pelo seu aproveitamento em termos tur&iacute;sticos.</p> <p>&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Blocos Pedunculados </strong></p> <table border="0" style="width: 100%;"> <tbody> <tr> <td width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/blocos0001.jpg" alt="blocos0001" class="border_img1" title="Blocos Pedunculados" /></td> <td style="text-align: right;" width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/blocos0002.jpg" alt="blocos0002" class="border_img1" title="Blocos Pedunculados" /></td> </tr> </tbody> </table> <p style="text-align: justify;">Os blocos pedunculados s&atilde;o como enormes cogumelos de granito que crescem aqui e al&eacute;m na Superf&iacute;cie de Aplana&ccedil;&atilde;o do Alto Alentejo. No concelho de Nisa encontramos v&aacute;rios exemplares destes blocos pedunculados distribu&iacute;dos por uma &aacute;rea extensa, mas a sua concentra&ccedil;&atilde;o regista-se principalmente na freguesia de Arez.</p> <p style="text-align: justify;">A sua origem ocorreu em duas etapas: uma primeira que se d&aacute; ap&oacute;s a exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; superf&iacute;cie de uma por&ccedil;&atilde;o gran&iacute;tica, resulta de uma mais r&aacute;pida altera&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica da rocha ao n&iacute;vel do solo, onde as &aacute;guas subterr&acirc;neas se acumulam e enriquecem em &aacute;cidos org&acirc;nicos e uma segunda etapa desenvolvida durante um per&iacute;odo de chuvas mais intensas em que os solos sofrem eros&atilde;o acelerada, expondo o ped&uacute;nculo que une o todo coerente ao seu substrato gran&iacute;tico.</p> <p><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/monumentos_naturais.jpg" alt="monumentos naturais" class="border_img1" title="Monumentos Naturais" /></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Monumento Natural das Portas de R&oacute;d&atilde;o</strong><br style="text-align: justify;" /><span style="text-align: justify; font-size: 8pt;">(Dec. Regulamentar n&ordm;7 /2009 de 20 de Maio)</span></p> <table border="0" style="width: 100%;"> <tbody> <tr> <td style="text-align: left;" width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/portas002.jpg" alt="portas002" class="border_img1" title="Monumento Natural das Portas de R&oacute;d&atilde;o" /></td> <td style="text-align: right;" width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/portas001.jpg" alt="portas001" class="border_img1" title="Monumento Natural das Portas de R&oacute;d&atilde;o" /></td> </tr> </tbody> </table> <p style="text-align: justify;">As Portas de R&oacute;d&atilde;o constituem uma ocorr&ecirc;ncia geol&oacute;gica e geomorfol&oacute;gica localizada nas duas margens do rio Tejo, nos concelhos de Nisa e Vila Velha de R&oacute;d&atilde;o. Este conjunto natural sobressai pela imponente garganta escavada pelo rio nas cristas quartz&iacute;ticas da serra do Perdig&atilde;o, com um estrangulamento de 45 m de altura, num processo ao longo de perto de 3 milh&otilde;es de anos.</p> <p style="text-align: justify;">Esta &aacute;rea caracteriza-se pelo relevante patrim&oacute;nio natural, onde se destaca o geoss&iacute;tio das Portas de R&oacute;d&atilde;o entre outros valores geol&oacute;gicos, biol&oacute;gicos e paisag&iacute;sticos.</p> <p style="text-align: justify;">Este geoss&iacute;tio evidencia particularidades geol&oacute;gicas, geomorfol&oacute;gicas e paleontol&oacute;gicas.</p> <p style="text-align: justify;">A estas associam-se as forma&ccedil;&otilde;es vegetais, onde se destacam os Zimbrais (esp&eacute;cie protegida), a avifauna rup&iacute;cola, destacando-se o bufo-real, a cegonha &ndash; preta, o abutre do Egipto e a grande col&oacute;nia de grifos &ndash; a maior da Pen&iacute;nsula Ib&eacute;rica.</p> <p style="text-align: justify;">Mas tamb&eacute;m a n&iacute;vel arqueol&oacute;gico, destacam-se os vest&iacute;gios que as comunidades do per&iacute;odo Paleol&iacute;tico aqui deixaram.</p> <p>&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Complexo do Conhal do Arneiro</strong>&nbsp;<br /><span style="font-size: 10.6667px; text-align: justify;">(</span><span style="font-size: 10.6667px; text-align: justify;">Dec. Regulamentar n&ordm;7 /2009 de 20 de Maio)</span></p> <table border="0" style="width: 100%;"> <tbody> <tr> <td width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/conhal001.jpg" alt="conhal001" class="border_img1" title="Complexo do Conhal do Arneiro" /></td> <td style="text-align: right;" width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/conhal002.jpg" alt="conhal002" class="border_img1" title="Complexo do Conhal do Arneiro" /></td> </tr> </tbody> </table> <p style="text-align: justify;">O Conhal do Arneiro faz parte do Monumento Natural das Portas de R&oacute;d&atilde;o, classifica&ccedil;&atilde;o dada em 2009 pelo ICNF (Dec. Regulamentar n&ordm;7 /2009 de 20 de Maio).</p> <p style="text-align: justify;">A &aacute;rea arqueol&oacute;gica do Conhal tamb&eacute;m conhecido por Conhal do Arneiro, localiza-se no topo norte da freguesia de Santana, concelho de Nisa.</p> <p style="text-align: justify;">Ocupa cerca de 90 hectares delimitados pelo Ribeiro do Vale, pela margem esquerda do rio Tejo e pelas Portas de R&oacute;d&atilde;o (Serra das Talhadas).</p> <p style="text-align: justify;">Esta &aacute;rea caracteriza-se pela posse e um relevante patrim&oacute;nio natural, onde se destacam o Geomonumento Portas de R&oacute;d&atilde;o, consideradas pelo Prof. Galopim de Carvalho, como um dos mais importantes geomonumentos existentes em Portugal, ao n&iacute;vel da paisagem, (Galopim de Carvalho, 1999) e um conjunto de outros valores de natureza geol&oacute;gico, geomorfol&oacute;gico e paleontol&oacute;gico, que enquadram valores biol&oacute;gicos e paisag&iacute;sticos e um importante <em>patrim&oacute;nio natural</em>, compreendendo vest&iacute;gios arqueol&oacute;gicos que documentam a presen&ccedil;a humana desde o Paleol&iacute;tico Inferior at&eacute; &agrave; actualidade, e manifesta&ccedil;&otilde;es culturais de natureza etnol&oacute;gica caracterizadora de um modo de vida pr&oacute;prio de uma popula&ccedil;&atilde;o ribeirinha que encontrou no Tejo, o grande rio peninsular, o factor de contacto entre gentes e regi&otilde;es, f&iacute;sica e geograficamente afastadas.</p> <p style="text-align: justify;">Em termos geol&oacute;gicos e geomorfol&oacute;gicos h&aacute; a registar diversos locais que se t&ecirc;m revelado de grande import&acirc;ncia para o conhecimento da evolu&ccedil;&atilde;o geol&oacute;gica da regi&atilde;o desde h&aacute; 650 milh&otilde;es de anos.</p> <p style="text-align: justify;">No que se refere aos seus <strong>elementos biol&oacute;gicos</strong>, merecem destaque, entre um conjunto muito vasto de esp&eacute;cies, as <strong>comunidades rel&iacute;quias de Zimbro</strong>, dispersas pelas escarpas rochosas, (actualmente esp&eacute;cie protegida), as manchas de matagal mediterr&acirc;nico bem conservado e diversificado. Destaca-se tamb&eacute;m a <strong>col&oacute;nia de Grifos</strong> que nidificam nas escarpas e que constitui a mais representativa col&oacute;nia em territ&oacute;rio nacional. E por fim a ocorr&ecirc;ncia de esp&eacute;cies de aves nidificantes com elevado estatuto de protec&ccedil;&atilde;o: <strong>Cegonha-Preta, &Aacute;guia-de-Bonelli, Abutre do Egipto, Bufo-Real, Chasco-Preto e o Grifo</strong> j&aacute; referenciado.</p> <p style="text-align: justify;">Num dos vastos estudos efectuados a quando da classifica&ccedil;&atilde;o -Monumento Natural &ndash; foram observadas cerca de 119 esp&eacute;cies de aves, estanho 15 delas com estatuto de amea&ccedil;adas.</p> <p style="text-align: justify;">No que &aacute; <strong>ocupa&ccedil;&atilde;o humana</strong> diz respeito, estamos em crer que o recurso indispens&aacute;vel que a &aacute;gua constitui, para as manadas de animais que aqui recorriam, foi o factor indispens&aacute;vel para que o Homem encontrasse nas margens do Rio Tejo as condi&ccedil;&otilde;es ideais para sobreviver. A ocupa&ccedil;&atilde;o Paleol&iacute;tica conhecida, concentra-se junto &agrave;s margens do rio, onde est&atilde;o documentados v&aacute;rios locais de habitat (13) e de onde se recolheu um vasto n&uacute;mero de materiais arqueol&oacute;gicos (machados, pontas se seta, etc.) que atestam a ocupa&ccedil;&atilde;o deste territ&oacute;rio pelo Homem.</p> <p style="text-align: justify;">Da <strong>&eacute;poca romana</strong>, conhece-se uma &aacute;rea aproximada de 60/70ha, o Conhal, constitu&iacute;do por um enorme amontoado de calhaus rolados de quartzito. Trata-se de uma explora&ccedil;&atilde;o mineira de ouro aluvionar. A t&eacute;cnica de explora&ccedil;&atilde;o seguida ter&aacute; sido a de ruina montium, ou tipo pente, descrita por Pl&iacute;nio -o &ndash; Velho, na sua Hist&oacute;ria Natural. T&eacute;cnica que consistia em desmanchar os dep&oacute;sitos detr&iacute;ticos aur&iacute;feros servindo-se da for&ccedil;a motriz da &aacute;gua. Neste processo, as pedras maiores eram retiradas manualmente e empilhadas onde n&atilde;o estorvassem. A jusante havia tanques de decanta&ccedil;&atilde;o e lavadouros (agoga) onde as pepitas eram separadas do cascalho e areia. Os seixos da&iacute; resultantes eram removidos manualmente e acumulados em pilhas alongadas com mais de 100 metros de extens&atilde;o e 5 metros de alturas &ndash; as Conheiras.</p> <p style="text-align: justify;">A excel&ecirc;ncia do ouro extra&iacute;do do leito do Tejo foi exaltada por diversos autores da antiguidade, no que respeita ao Conhal, estima-se que tenham sido extra&iacute;das cerca de 3 a 3,5 toneladas de ouro, com destino &aacute; capital do Imp&eacute;rio.</p> <p style="text-align: justify;">O Homem foi deixando a sua marca ao logo dos s&eacute;culos na &aacute;rea Conhal e envolvente, denunciando a import&acirc;ncia que o Rio Tejo teve como elemento defensivo (Invas&otilde;es Francesas), como meio de subsist&ecirc;ncia, tendo a aldeia do Arneiro, ainda hoje, uma interessante comunidade piscat&oacute;ria, e onde se constru&iacute;am, at&eacute; h&aacute; alguns atr&aacute;s os barcos tradicionais &ndash; o picareto. Actualmente o Rio tejo oferece-nos outras val&ecirc;ncias, que passam sobretudo pelo seu aproveitamento em termos tur&iacute;sticos.</p> <p>&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Blocos Pedunculados </strong></p> <table border="0" style="width: 100%;"> <tbody> <tr> <td width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/blocos0001.jpg" alt="blocos0001" class="border_img1" title="Blocos Pedunculados" /></td> <td style="text-align: right;" width="50%"><img src="https://cm-nisa.pt/images/areas_atividade/cultura/patrimonio_classificado/blocos0002.jpg" alt="blocos0002" class="border_img1" title="Blocos Pedunculados" /></td> </tr> </tbody> </table> <p style="text-align: justify;">Os blocos pedunculados s&atilde;o como enormes cogumelos de granito que crescem aqui e al&eacute;m na Superf&iacute;cie de Aplana&ccedil;&atilde;o do Alto Alentejo. No concelho de Nisa encontramos v&aacute;rios exemplares destes blocos pedunculados distribu&iacute;dos por uma &aacute;rea extensa, mas a sua concentra&ccedil;&atilde;o regista-se principalmente na freguesia de Arez.</p> <p style="text-align: justify;">A sua origem ocorreu em duas etapas: uma primeira que se d&aacute; ap&oacute;s a exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; superf&iacute;cie de uma por&ccedil;&atilde;o gran&iacute;tica, resulta de uma mais r&aacute;pida altera&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica da rocha ao n&iacute;vel do solo, onde as &aacute;guas subterr&acirc;neas se acumulam e enriquecem em &aacute;cidos org&acirc;nicos e uma segunda etapa desenvolvida durante um per&iacute;odo de chuvas mais intensas em que os solos sofrem eros&atilde;o acelerada, expondo o ped&uacute;nculo que une o todo coerente ao seu substrato gran&iacute;tico.</p>